sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

DIFICULDADES NA CHAPADA DIAMANTINA

Dicas se prefere não ler todo o artigo:

Vá de carro ou alugue um ainda no aeroporto.
- Guias credenciados e agências de turismo são extremamente caros.
- Não confie nas informações dos guias e/ou das agências de turismo pois podem te passar uma visão extremamente pessimista a respeito do trajeto e do local.
- Compre um mapa da região e navegue sozinho... a grande maioria das  grandes atrações é possível chegar muito próximo com o carro.
- Se não falo grego ao citar GPS, google earth, basecamp, mapsource, tracksource e wikiloc, sua viagem será bem mais fácil, barata e agradável.
Ao todo, passei 21 dias na Chapada Diamantina com a família e com amigos. Sendo ciclista e acostumado com planejamento de viagens, pesquisei sobre a região durante mais de 1 mês, e posso dizer que não encontrei nenhum relato de viajantes anteriores me alertando sobre algumas dificuldades que encontrei na região.
Atualmente existem vôos diretos de Belo Horizonte até Lençóis, porta de entrada da Chapada Diamantina e o translado não foi nem um pouco problemático, mas isso me deixou sem carro, em um lugar onde as distâncias não são pequenas e as agências de turismo e guias credenciados praticam preços totalmente fora da realidade brasileira. Diante dos preços exorbitantes, preferi alugar um carro e fazer passeios não guiados e percebi que é possível chegar de carro até bem próximo da maioria dos principais pontos turísticos. Se também está indo de avião, recomendo alugar o carro ainda no aeroporto, não apenas porque estava mais barato, mas poderá evitar as despesas de translado aeroporto-Lençóis-aeroporto.
Tenho que citar alguns inconvenientes; pode não ser regra geral, mas infelizmente aconteceram. Tentei comprar um passeio até o Poço Azul com um dos guias da associação e fui informado que a estrada só permitia carro com tração 4x4; mais que isso, o local também estaria fechado. À noite, descobri que outros hóspedes do hotel em que estava tinham desfrutado daquele local, então, ignorando as orientações e já com um carro pequeno alugado, me desloquei até o Poço Azul. Posso dizer que foi extremamente simples, então comentei com funcionários a respeito do ocorrido e sugeri colocarem algumas placas para facilitar ainda mais o acesso. Como resposta, fui informado que devido às chuvas, muitos evitam colocar o carro para rodar naqueles 10 km de terra batida e tentam "vender" outros passeios; quanto às placas, seriam periodicamente colocadas, mas desapareciam misteriosamente. Ainda com relação ao Poço Azul - e estendendo o comentário para a Pratinha - ambos terrenos particulares, considero que fui muito bem atendido e as entradas muito bem pagas.
O passeio mais interessante nesses 21 dias foi a parte de baixo da cachoeira do Buracão, em Ibicoara. Se estiver em qualquer outra cidade, não contrate agências de turismo ou guias, pois segundo informaram na entrada do parque, somente um guia de Ibicoara pode levá-lo até lá... e faça isso ainda na cidade, pois pode não ter ninguém disponível na entrada do parque. Pelo trabalho, paguei R$30,00 mais R$6,00 de entrada no parque, mas dessa vez foi aceitável. Primeiro porque construíram algumas escadas que facilitam o acesso; segundo porque fornecem equipamentos de segurança e terceiro porque é necessário atravessar um canyon para chegar na cachoeira e as dicas desses guias facilitam bastante, principalmente se o volume de água estiver muito elevado.
Parece uma visão ruim mas saiba que a natureza continua fazendo daquele lugar algo muito especial. Pode ir que vale a pena!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimas dicas!